sábado, 17 de abril de 2010

Impressões


Em apenas uma semana, vivi algumas experiências importantes. No domingo (11), fui submetido a testes, que de uma maneira ou de outra, me colocaram à prova quando o assunto é conhecimento. Depois disso, um show inesquecível para abrir uma semana que geraria novidades pouco previsíveis.

Pra começo de conversa, vou iniciar falando do show. Depois de uma prova extensa, que ao final me deixou boas expectativas, corri até em casa, coloquei um abadá verde, e segui estrada
à fora comendo um pão de queijo enquanto meu irmão conduzia. E ai de mim se não o tivesse feito! Foi então que pisei no estacionamento do Flamboyant, sentindo uma leve dor na coluna, na região do ombro, no pescoço e que, por fim, acabaria na cabeça. Nada que uma dipirona sódica não desse uma amenizada!

Chegou o tão esperado grande dia! Finalmente o show de Asa de Águia com Jorge e Mateus! O anúncio já havia chegado a mim em um outro show de uma jovem dupla sertaneja. Mas este prometia ser inesquecível! Bruno, meu comparsa e primo, já havia se disponibilizado como companhia, seguido de outras mais que arrumei.

Pena que tive a tal da prova antes. Quando cheguei lá, Asa tocaria por apenas mais meia hora, enquanto eu não pude dar a devida atenção ao grupo baiano porque discava no celular e movia meus olhos atentamente para encontrar a amiga Silvana. Nada feito. Nem Silvana, nem Bruno e Michelle, nem Laís! À primeira vista, minhas expectativas foram se esgotando e eu prevendo que aquele show não me animaria o quanto esperava.

Foi então que, no meio daquela multidão envolvente, que a cada passo que dava me espremia, me agitava, me molhava de cerveja e pizava no meu pobre pé, esta cabeça pensante começou a operar alguns pensamentos teóricos dignos de mim e que não me deixam nem mesmo nos maiores momentos de euforia alcoólica. Agonizado por uma intensa solidão, sofrida porque ainda não encontrara meus pares para dançar e beber, acabei me centrando em um único aspecto: no homem-massa. Ahh, a prova do concurso muito me servira para isso. Estudei muito, recorri a Mauro Wolf, e lá estava ele, o homem-massa. E foi assim que eu me senti naquela imensidão de gente. Esta experiência me rendeu a oportunidade de verificar
in loco a verdade científica: lendo apenas no livro, agora eu viveria na prática o que é o homem-massa, assim, isolado, individualizado, homogêneo, indiferenciado, atomizado. E foi exatamente desse jeito que me senti. Tão pobre, frio, abandonado, relegado a uma situação completamente inusitada para quem se aventuraria em um show...

E foi assim que passei um bom tempo. Apenas observando, de longe, a multidão que se arrastava atrás do trio elétrico. E foi assim que os copos de cerveja rolavam pelo ar e me faziam ver o quanto eu era apenas mais um naquele meio, despido de todas as minhas virtudes, para ser mais um número de bilheteria no faturamento do show. E foi então que, enquanto meus neurônios se emaranhavam nesse pensamento, depois de ligações telefônicas mal-sucedidas, que finalmente vi Laís se mexendo, e pude comemorar por não estar mais sozinho. De dois contatos feitos, eu não tinha encontrado nenhum. Agora sim, eu teria companhia, oxalá! E depois dela vieram se somar a mim Bruno, Michelle, e até Eduardo, por quem eu realmente não esperava ver no show. E vi o Rodrigo da academia... E aquele show que até então não parecia mais valer a pena, tornou-se, de repente, maravilhoso, e grande, alegre e cheio de luzes!!

Ahh, eu poderia ser mais um número, mas já estava feliz por ter encontrado meus pares para a festa, no que me restou apenas celebrar, curtir o sertanejo maravilhoso da dupla que me encantou e arrasou ao trazer ao trio participantes de peso como Marrone, Cesar Menotti e Fabiano e algumas inovações das faculdades de Agronomia da UFG que tentam um lugar ao sol no
happy hour musical. E ainda gravaram um DVD ao vivo para o Multishow, gente! O que tem de melhor? Goiás, apesar de suas raízes agrárias, tem uma música ímpar que me faz arrepiar e o coração bater mais forte! Jorge e Mateus, não é pra menos... "larga tudo e vem correndo...".

Sobre notícias
Aproveitando o espaço, vale aqui um curto parágrafo para uma breve reflexão proporcional ao seu tamanho. Numa redação, ainda mais de TV, pude constatar que Traquina está bem colocado! Ahh, eu já imaginava, estava com esta hipótese! O tempo é tão tão curto que mal dá pra pensar. O jeito é apurar logo o que vai ser notícia. Critérios de noticiabilidade? Devem estar inconscientes nas nossas mentes inquietas. Os fatos nos consomem de forma tamanha que mal consigo os avaliar de imediato. Mas digo, e repito, não vou afogar o singular, não vou asfixiar meu projeto... Tudo o que se discursa tem um porquê, uma razão. Não há acasos na vida, nem nos fatos. Porque o que ambos fazem (bem como qualquer outro tipo de prática), só se realiza a partir daquilo que já existe, que está previamente estabelecido. Por isso reitero que todo fato tem uma explicação, tal qual a psicanálise observa que toda fala vem de algum lugar.

Até breve, estimado leitor!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dia D


Ahh, socado dentro de casa, enfiado na toca, quieto, silencioso, pensativo. É assim que tenho passado nos últimos dias, enquanto me concentro para alguns desafios que podem me fechar portas ou abrir algumas janelas.

Entretanto, fui pego de surpresa. Ao abrir meu correio eletrônico, deparei-me com um e-mail que me alertava para a comemoração de hoje. Eu não me lembrava, havia me esquecido que no 7 de abril celebramos o Dia do Jornalista.

Em pouca palavras, eu diria que hoje seria um dia ideal para pensar melhor. Para observar, analisar, encontrar as contradições. O que esperar de uma profissão tão desprovida de regulamentações, complexa, mas excitante? Muito me preocupa saber que "o movimento da selva" continua tão abarrotado de imperfeições, de problemas que poderiam ser sanados caso o poder de comunicar fosse exercido com mais propriedade e consistência por seus respectivos sujeitos.

Não por acaso, hoje seria um dia típico para pensarmos melhor, e coletivamente, nos caminhos que queremos seguir. Tal qual a figurinha desse post, pretendo dormir muitas noites e acordar feliz nos dias seguintes caminhando adiante na profissão que escolhi para o resto da vida, e na qual minha alma deverá se iludir e sustentar-se. Por enquanto, me restam dúvidas, um pouco de tristeza, e sobretudo, a esperança de que, quem sabe, em breve farei parte de um grande time para o qual me preparei há quatro anos. Vou esperar as águas de março findar o verão.